Marcelo Lúcio

NR-35: O Escudo Legal da Sua Empresa e a Garantia de Vida dos Seus Colaboradores

Você sabe exatamente qual é o custo de um acidente de trabalho em altura na sua empresa?

Não estou falando apenas dos custos médicos imediatos ou do impacto na produtividade. Estou falando do custo devastador de processos trabalhistas, de multas federais pesadíssimas, de embargos que paralisam sua operação e, no pior cenário, da responsabilidade criminal dos gestores e proprietários.

No Brasil, o trabalho em altura é regido por uma norma rigorosa, detalhada e não negociável: a Norma Regulamentadora 35 (NR-35).

Muitos empresários veem a NR-35 como um obstáculo burocrático, um conjunto de papéis para “inglês ver”. Essa é uma visão perigosa e ultrapassada. A NR-35 não é apenas uma exigência legal; é um manual de sobrevivência corporativa e humana.

Neste artigo, vou detalhar como meu serviço especializado garante que sua empresa não apenas “tenha os papéis”, mas atenda integralmente aos requisitos da lei, blindando seu negócio juridicamente através de uma gestão de riscos séria e da implementação de medidas de proteção que realmente funcionam.


O Peso da Lei: Por Que a “Meia Conformidade” Não Existe

A NR-35 define trabalho em altura como qualquer atividade executada acima de 2,00 metros do nível inferior, onde haja risco de queda. Parece simples, mas as implicações são vastas.

No momento em que um trabalhador tira os pés do chão na sua empresa, você assume uma responsabilidade legal imensa. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) não aceitam “tentativas” de segurança. Ou você está em conformidade, ou não está.

O Cenário da Não Conformidade

O que acontece quando uma empresa negligencia a gestão de riscos em altura?

  1. Multas Pesadas: As autuações por descumprimento das NRs são calculadas com base na gravidade da infração e no número de funcionários. Uma única fiscalização pode resultar em centenas de milhares de reais em multas se múltiplas irregularidades forem encontradas (ex: falta de treinamento, falta de EPI, falta de análise de risco).
  2. Embargo e Interdição: O auditor fiscal tem poder para paralisar imediatamente uma obra ou setor se constatar risco grave e iminente. Quanto custa um dia da sua operação parada? E uma semana?
  3. Responsabilidade Civil e Criminal: Em caso de acidente grave ou fatal, a empresa pagará indenizações vultosas à vítima ou sua família. Mais grave ainda: gestores, engenheiros e donos de empresa podem responder criminalmente por lesão corporal ou homicídio culposo (quando há negligência, imprudência ou imperícia).
  4. Aumento do FAP: Acidentes aumentam o Fator Acidentário de Prevenção, elevando as alíquotas que sua empresa paga ao INSS/RAT sobre a folha de pagamento.

O meu papel é garantir que sua empresa nunca entre nessas estatísticas. Ofereço uma blindagem jurídica baseada na excelência técnica.


A Base da Minha Atuação: Gestão de Riscos e Documentação Robusta

Garantir a conformidade legal não é apenas comprar cintos de segurança. É um processo cíclico de gestão. Meu serviço se baseia em construir um sistema de proteção que se sustenta em qualquer auditoria.

Abaixo, detalho os pilares da conformidade que implemento nos meus clientes:

1. A “Papelada” que Salva Vidas (e Negócios)

A documentação é a prova material de que sua empresa gerencia os riscos. Se não está documentado, para a lei, não existe. Eu garanto que sua documentação seja técnica, coerente e atualizada.

  • Integração com o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos): A NR-35 não anda sozinha; ela deve estar integrada ao PGR da empresa (antigo PPRA). Eu analiso se os riscos de queda estão corretamente inventariados e classificados no seu PGR.
  • Análise Preliminar de Risco (APR): É o documento mais vital do dia a dia. Antes de qualquer atividade, a APR deve mapear os riscos específicos daquela tarefa naquele momento. Muitos acidentes ocorrem porque a APR foi um “copia e cola”. Eu treino sua equipe para fazer APRs reais, que identificam o perigo antes da subida.
  • Permissão de Trabalho (PT): Para atividades não rotineiras, a PT é obrigatória. Ela é um checklist de autorização que garante que todas as medidas de controle da APR foram implementadas antes do início do trabalho. A falta de uma PT assinada em um acidente é um passaporte para a condenação judicial.

2. Saúde e Aptidão Física (ASO)

Você sabia que a lei proíbe que um trabalhador com labirintite ou problemas cardíacos não controlados trabalhe em altura?

A conformidade começa na medicina do trabalho. Garanto que os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) dos seus colaboradores contenham explicitamente a aptidão para trabalho em altura, baseada em exames específicos (como eletrocardiograma, eletroencefalograma, glicemia, entre outros, conforme definido pelo PCMSO). Colocar um trabalhador inapto em altura é negligência pura.

3. Capacitação Real vs. Certificado de Gaveta

A NR-35 exige treinamento de 8 horas (básico) e reciclagens bienais. Porém, o mercado está cheio de “cursos rápidos” que apenas vendem o papel.

Em uma perícia pós-acidente, o juiz não quer apenas ver o certificado. Ele quer saber: o trabalhador sabia usar o equipamento? Ele sabia identificar o risco?

Meu foco na capacitação visa a competência real. O treinamento que ofereço ou supervisiono garante que o trabalhador entenda os procedimentos, conheça os limites dos equipamentos e saiba agir em emergências. Isso prova a diligência da empresa em educar sua força de trabalho.


Implementação de Medidas de Proteção: A Hierarquia do Controle

A parte mais visível da conformidade legal é o que acontece no campo. É aqui que a gestão de riscos se transforma em barreiras físicas contra a morte.

Meu trabalho segue rigorosamente a Hierarquia das Medidas de Controle exigida pela norma. Muitos erram ao pular etapas e ir direto para o EPI. Veja como eu estruturo a proteção na sua empresa:

1º Nível: Eliminação do Risco (A melhor proteção)

Sempre perguntamos: “É possível fazer esse trabalho do chão?”. O uso de drones para inspeção, varas telescópicas para limpeza ou o redesenho de processos para evitar a necessidade de subir são as formas mais seguras e legais de proteção. Se eliminamos a altura, eliminamos o risco e a necessidade da NR-35.

2º Nível: Medidas de Proteção Coletiva (SPC) – A Prioridade Legal

Se não podemos eliminar a altura, a lei exige que priorizemos a proteção que salva a todos, independentemente da ação individual.

  • Sistemas de Guarda-corpo e Rodapé: Instalação de barreiras físicas robustas em periferias de lajes, andaimes e passarelas.
  • Redes de Segurança: Sistemas que “agarram” o trabalhador em caso de queda, muito usados na construção civil.

Investir em SPC é mais barato a longo prazo e juridicamente mais seguro, pois depende menos do fator humano (o trabalhador lembrar de se conectar).

3º Nível: Medidas de Proteção Individual (EPI) – A Última Barreira

Quando o SPC não é viável ou suficiente, entramos com o Sistema Individual de Proteção contra Queda (SPIQ). Aqui, a conformidade técnica é complexa e onde ocorrem mais erros fatais.

Minha consultoria garante a tríade do SPIQ:

  1. Ponto de Ancoragem: Não basta amarrar a corda em um pilar qualquer. A lei exige que os pontos de ancoragem sejam definidos por profissional legalmente habilitado (engenheiro), resistam a cargas específicas (mínimo 1500kgf por pessoa, em geral) e tenham projeto e memória de cálculo. Eu garanto que sua equipe só se conecte onde é seguro.
  2. Elemento de Ligação (Talabarte/Trava-quedas): O talabarte está correto para a altura disponível? Se o trabalhador cair, ele vai bater no chão antes do equipamento travar (fator de queda e zona livre)? Eu dimensiono o equipamento correto para cada cenário.
  3. Cinturão Paraquedista: O cinto está ajustado? Está dentro da validade? Foi inspecionado antes do uso?

Planejamento de Emergência: O Requisito Esquecido

A NR-35 é clara: o empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergência para trabalho em altura.

Se um trabalhador ficar pendurado pelo cinto, ele pode morrer em menos de 20 minutos devido à Síndrome da Suspensão Inerte. Sua empresa tem um plano de resgate? Tem os equipamentos para retirá-lo de lá sem depender exclusivamente dos bombeiros (que podem demorar)?

A falta de um plano de resgate funcional é uma das maiores falhas de conformidade legal nas empresas. Eu ajudo a estruturar protocolos de resposta rápida e a treinar a equipe para que, se o pior acontecer, o dano seja minimizado.


Conclusão: A Segurança é o Seu Melhor Investimento

A conformidade legal com a NR-35 não é um custo; é um investimento na perenidade do seu negócio. O custo da prevenção é uma fração minúscula do custo de um acidente.

Ao contratar meu serviço especializado em gestão de riscos e conformidade legal para trabalho em altura, você não está apenas “cumprindo a lei”. Você está:

  • Protegendo o caixa da sua empresa contra multas e indenizações devastadoras.
  • Protegendo a liberdade e a reputação dos gestores e proprietários.
  • Melhorando a produtividade, pois trabalhadores seguros produzem mais e melhor.
  • E, acima de tudo, garantindo que cada pessoa que sai de casa para trabalhar na sua empresa retorne em segurança para sua família.

Não espere a fiscalização bater à porta ou o acidente acontecer para levar a NR-35 a sério. Vamos auditar sua operação, identificar os gaps de conformidade e implementar um sistema de gestão de segurança em altura robusto e à prova de falhas.

Entre em contato hoje e blinde sua empresa com a segurança jurídica e técnica que ela precisa.

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